Trabalho com Recrutamento & Seleção, e hoje tirei o dia para entrevistar candidatos com deficiencia, afinal tenho que fechar 5 vagas com esse perfil. Durante a entrevista com meu último candidato, fui sensibilizada pelo discurso de um pai que possui recursos financeiros, e reconhece as limitações de seu filho e que não sabe como ajuda-lo a se tornar totalmente independente, tudo isso tendo como pano de fundo uma série de mudança na rotina do filho, como por exemplo, a mudança de Estado, ausência da companhia dos amigos e a saída do trabalho e da escola.
Esse rapaz possui deficiencia auditiva, não pode usar aparelho auditivo, só se comunica através de libras e escrita, além de precisar terminar o ensino médio, e para piorar não pode se matricular no INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), pois a instituição corre o risco de ser fechada pelo MEC, assim como o IBC (Instituto Benjamim Constant) voltado para educação de deficientes visuais.
Leia a matéria publicada O Globo
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/05/virus-da-intolerancia-ameaca-ibc-ines-924164018.asp
A partir dessas questões repensei sobre meu papel como psicóloga do trabalho de como essa iniciativa implicaria em diversos âmbitos do trabalho, pois vivemos um apagão de mão de obra cuja a qualificação é um dos motivadores, a inserção da PCD (pessoa com deficiencia) no mercado de trabalho, o cumprimento das empresas com as leis de cotas para PCD, sem contar com as questões de sociabilidade e autoestima da PCD.
Portanto, mesmo sendo um gesto pequeno,os dois links abaixo são de petições públicas que visam manifestar o repúdio ao fechamento das instituições citadas:
Além disso, o que mais podemos fazer para não gerar maior segregação?
A questão está lançada, agora gostaria de saber a opinião de vocês!
Flávia Martins
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